É o caso de Solani Cezar Rigo, de Erechim, no norte do Estado. O produtor cultivou 130 hectares de milho, quase o dobro do ano passado. A perspectiva de ganhos aliada à prática da rotação de cultura foram os atrativos. Na região, a Emater estima aumento da área plantada de 9,3%, chegando a 145 mil hectares. No Rio Grande do Sul, a projeção é de 4,68% (1,1 milhão de hectares).
? Plantei porque acho que está bom em termos de preço. Hoje, a saca está sendo vendida em torno de R$ 25. Em 2010, ficava em R$ 15 ? explica.
Para Rigo, a combinação de fatores como clima, custo da lavoura (insumos foram adquiridos antes da alta do dólar) e preços favoráveis pode resultar num desempenho do milho “melhor do que o da soja”. Entusiasmo compartilhado com o analista de mercado Farias Toigo, da Capital Corretora:
? O pessoal está querendo plantar mais milho no interior. E, além do mercado interno, também terá a perspectiva de melhorar as exportações.
Tal cenário é instigado pela possibilidade de que a safra americana 2011/2012 fique abaixo das 317 milhões de toneladas previstas.
? O milho viveu momento histórico neste ano. A quem está vendendo o milho que colherá em fevereiro/março, recomendo cautela ? afirma Remoaldo Araldi, da Granosul Corretora.
Para não ficar refém da volatilidade, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Alysson Paolinelli, diz que é preciso investir em políticas de valorização do grão, com garantia de preços mínimos.