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Alguns produtores devem ir à direção contrária e devem manter ou até mesmo aumentar a produção sem novos investimentos. É o caso do cotonicultor baiano Sergio Freire. Ele conta que a área de algodão vai ultrapassar os três mil hectares e a perspectiva de produtividade é de 300 arrobas por hectare.
Já o produtor Paulo Donegá, de Mato Grosso, comercializou metade do que colheu nos 1,500 hectares a preços excelentes. Ele conta que alcançou R$ 58 a arroba, bem acima do mínimo estipulado pelo governo. Mas agora, assim como a maioria, tem dificuldade de manter o valor na venda. Apesar de otimista com o anúncio de leilões de Pepro que deve ocorrer em breve, a decisão para a próxima safra já está tomada.
– A intenção é reduzir a área em 20%, já que não fiz venda antecipada. Vou tentar fazer safrinha do algodão em cima da soja, em 50% da área mais ou menos – explica.
Segundo o diretor-geral da FMC Brasil, Walter Costa, o algodão é a cultura com os mais altos custos de produção. Em defensivos, o produtor chega a gastar US$ 700 por hectare. São US$ 500 a mais que o investido em uma lavoura de soja, por exemplo. Uma alternativa discutida por técnicos no evento, que reúne em Buenos Aires, os principais cotonicultores brasileiros, é a adoção de defensivos biológicos – ainda pouco comuns nas lavouras.
– É possível que depois de um período de seis aplicações na lavoura, se tenha redução de em menos 5% do total de defensivos utilizados – diz Costa.
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