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Argentina cria entidade para defesa do agronegócio

Organização propõe maior participação das cooperativas na exportação de grãosA presidente da Argentina, Cristina Kirchner, lança nesta quarta, dia 20, a Corrente Agropecuária Nacional e Popular (Canpo), formada por técnicos, agricultores e pecuaristas kirchneristas.

A entidade vai defender as medidas oficiais para o setor e tentar diluir a longa briga que as quatro principais associações ruralistas travam com o governo argentino. A ideia de criar uma instituição ruralista ligada ao governo visa a seduzir os pequenos e médios produtores e dividir o movimento ruralista.

O lançamento do grupo estava previsto para outubro passado, mas com a morte de seu criador, o ex-presidente Néstor Kirchner, no mesmo mês, o evento foi cancelado. Os integrantes da entidade vão entregar um documento à presidente com uma radiografia do setor, o diagnóstico dos problemas e uma série de propostas para saná-los.

Nas mais de 300 páginas, uma das propostas principais é a criação de uma agência estatal para comercializar grãos e derivados, o que vem provocando muita polêmica entre os produtores. A organização também propõe maior participação das cooperativas na exportação de grãos.

Um dos patrocinadores da corrente é o ministro de Agricultura, Julián Domínguez, cuja foto tem aparecido em cartazes de campanha política espalhados por Buenos Aires nos últimos dias. A propaganda apenas insinua que o ministro será candidato, mas não indica a que cargo. Entre os ruralistas, a especulação é de que Domínguez seria candidato a vice-governador da província de Buenos Aires, na chapa liderada pelo governador Daniel Scioli, que tenta a reeleição.

Domínguez aproveita o bom momento da safra agrícola de 2010/11, que pode superar 100 milhões de toneladas, conforme cálculos de seu Ministério, e os elevados preços dos alimentos, que garantem ao governo uma arrecadação de cerca de US$ 3 bilhões com os impostos cobrados pelas exportações.

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