Argentina decide barrar alimentos importados que concorram com nacionais

Determinação começa a valer em 1º de junho e governo brasileiro diz que vai retaliarA partir do dia 1º de junho, os argentinos poderão não encontrar no país alimentos importados que disputem mercado com similares nacionais. Essa determinação foi emitida pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e afeta 3% dos produtos vendidos em supermercados argentinos.

Depois de um período de trégua, as desavenças comerciais entre Brasil e Argentina estão de volta. O governo argentino decidiu proibir a entrada, a partir do dia 1º de junho, de alimentos importados que disputem mercado com similares nacionais. A notícia preocupa as autoridades brasileiras, que já prometem retaliar.

? Essa decisão sequer foi informada ao Brasil, conforme o acordado entre os dois presidentes. Vamos retaliar ? disse o governo brasileiro.

Segundo o governo, a reação brasileira vai atingir alimentos similares aos proibidos pelos argentinos.

A barreira argentina começa a vigorar no próximo mês. A partir do dia 10 de junho, inspetores da Secretaria de Comércio da Argentina vão percorrer as gôndolas de supermercados, armazéns e lojas de conveniências para conferir se estão sendo vendidos alimentos importados sem similar nacional. Serão atingidos produtos brasileiros, como frutas, milho e tomate enlatados. Os consumidores argentinos deixarão de ter acesso a esse tipo de produto importado. Itens como suco de maracujá ou castanha de caju ? inexistentes no território argentino ? ainda serão permitidos.

O secretário de Comércio da Argentina, Guillermo Moreno, reuniu-se com os diretores dos supermercados e anunciou que a proibição vale a partir de 1º de junho. Homem de confiança da presidente Cristina Kirchner, ele comunicou a decisão apenas verbalmente.