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Argentina deve liberar embarque de trigo para exportação em janeiro

País poderia exportar cerca de 3,5 milhões toneladas ao BrasilA Argentina pode liberar os primeiros embarques de trigo para exportação em janeiro do ano que vem. Tradicionalmente, o país começa a liberar as licenças para venda do cereal ao mercado externo em meados de novembro, no início da colheita, ou até a primeira semana de dezembro. Este ano, porém, o governo quer garantir o abastecimento interno para que não se repita a situação vivida ao longo de 2013, quando a escassez do grão fez disparar os preços no mercado doméstico e o trigo argentino chegou a

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– O ministro nos informou que a liberação começará a partir do fim do ano e com isso entendemos que pode acontecer nos primeiros 10 dias de janeiro, quando a colheita estará praticamente concluída – disse o presidente da Associação Argentina de Trigo (Argentrigo), Matias Ferreccio.

Segundo Ferreccio, é natural que o governo queira reservar o volume do consumo interno antes de permitir a exportação para não provocar desabastecimento. O subsecretário de Agricultura do Ministério de Agricultura da Argentina, Oscar Solis, confirmou a estratégia.

– Depois da experiência deste ano, e a baixa oferta atual, é preciso ver qual será o volume final da colheita e a qualidade do grão para saber exatamente o saldo disponível para exportar – disse.

Embora não seja o responsável pela parte comercial no governo, nas mãos do secretário de Comércio, Augusto Costa, Solis argumentou que o país precisa assegurar um volume mínimo de 6,5 milhões de toneladas de trigo de boa qualidade para o consumo interno.

Ele afirmou que é importante primeiro ver o resultado da colheita. “Antes disso, não podemos saber qual é o saldo para exportar”, completou. As estimativas oficiais apontavam para uma produção de 8,5 milhões de toneladas. Na quarta-feira o governo revisou a projeção para cima: 9 milhões de toneladas, o que resultaria em saldo exportável de 2,5 milhões de toneladas.

No campo, as notícias são positivas. Os rendimentos observados nas regiões sul, sudeste e centro de Buenos Aires, responsáveis por 60% do trigo total produzido pelo país, são maiores aos esperados.

– Estamos só com 30% de área colhida, mas o que vimos até agora é que os rendimentos estão muito bons, com trigo de muito boa qualidade e poderíamos estar chegando aos 10,3 milhões/t, como prevê a Bolsa de Cereais de Buenos Aires – disse Ferreccio.

Neste caso, a Argentina poderia exportar umas 3,5 milhões toneladas ao Brasil e guardar cerca de 300 mil toneladas para reforçar o estoque interno. No entanto, o Brasil não deve se animar muito com a perspectiva de um pequeno aumento no volume disponível para exportar. Além disso, o plantio da safra 2014 também é uma incógnita.

– O governo mantém medidas de controles, cotas de importação, elevados impostos internos, retenções (impostos às exportações), altos custos de inflação de quase 30%. Tudo isso faz com que o produtor esteja sufocado e sem condições de aumentar seus cultivos – disse o presidente da Federação Agrária, Eduardo Buzzi, que reúne pequenos e médios agricultores e pecuaristas.

Agência Estado
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