Na última safra, desenvolvida em condições de muita umidade, a qualidade do trigo foi comprometida por fungos. Para este ciclo, as notícias são mais favoráveis. O relatório afirma que “na metade sul de Buenos Aires, as condições de desenvolvimento (do cultivo) permitem prognosticar bons rendimentos” para o trigo, que sofreu com uma forte estiagem no norte e centro do país. Buenos Aires é a principal província produtora de trigo, responsável por mais de 40% da produção nacional. A estimativa do Ministério confirma projeção feita há uma semana pelo novo ministro de Agricultura, Carlos Casamiquela, em entrevista à imprensa.
“No resto do país, as chuvas chegaram tarde, mas coincidiram, em grande medida, com a etapa de floração e desenvolvimento do grão, o que poderia compensar, pelo menos parcialmente, os inconvenientes sofridos pelo cultivo durante o inverno”, afirma o governo no relatório. A crise que afeta a produção do trigo no país gera uma série de rumores de que o governo poderia eliminar os impostos cobrados nas exportações do país, as chamadas retenções. Os produtores também pedem a eliminação das cotas de exportações para estimular maiores investimentos no cultivo.
Soja e milho
O Ministério manteve a projeção de 5,7 milhões de hectares para a área cultivada com milho e ajustou de 20,65 milhões de hectares para 20,7 milhões de hectares a superfície plantada com soja.
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