Até sexta, dia 21, os exportadores não tinham recebido nenhuma sinalização do governo sobre a intenção de autorizar o embarque restante. Nesta semana, termina o prazo dado para que exportadores, produtores e silos declarem o volume de trigo disponível da safra 2013/2014, cuja estimativa é de 9,2 milhões de toneladas. O consumo interno é estimado em 6 milhões de toneladas, o que deixaria um excedente exportável de 3,2 milhões de toneladas, quase o dobro do volume autorizado por Kicillof.
A cautela em relação aos embarques reflete temores de que a oferta não atenda à demanda doméstica e que o produto sofra uma alta brusca de preço, como ocorreu na safra 2012/2013, quando o trigo argentino chegou a ser o mais caro do mundo.
Com a liberação desta cota, os exportadores agora acreditam que as 500 mil toneladas restantes sejam liberadas somente em meados de março, após o processamento dos dados sobre o volume disponível apontados pelo setor. Operadores do mercado informaram que a venda de todo esse volume autorizado já está negociada com moinhos brasileiros.
>> Leia também:
>> Trigo argentino começa a chegar ao Brasil
>> À espera de trigo argentino, moinhos reduzem demanda no Brasil
>> Analista avalia situação do mercado do trigo: