Segundo consultoria Oil World, essa movimentação é reflexo da guerra comercial entre a China e os norte-americanos
A mudança no mercado internacional prevista para acontecer devido ao embate comercial entre China e Estados Unidos, começa a aparecer. Segundo a consultoria Oil World, a Argentina já prevê medidas para reabastecer o seu mercado interno com a soja devido não só a quebra de safra que enfrentaram nesta temporada, mas também a maior demanda vinda da China pelo produto.
A Argentina poderá importar entre 1,5 milhão e 2 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos entre hoje e o início da colheita da próxima safra, daqui a seis meses, para compensar as vendas projetadas para a China. Esta mudança na dinâmica do mercado já é considerada reflexo da guerra comercial entre os asiáticos e os americanos.
China deve dominar exportações
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A China transferiu boa parte de suas compras de soja em grão dos Estados Unidos para o Brasil, onde a oferta para exportação vem caindo sazonalmente. Assim, o país asiático é obrigado a comprar a oleaginosa da Argentina.
Segundo a consultoria alemã Oil World, os embarques de soja argentina para a China podem chegar a 1,8 milhão de toneladas entre setembro de 2018 e janeiro de 2019, contra nenhum volume exportado no ano anterior. As exportações de soja da Argentina devem totalizar 1,9 milhão de toneladas no período, contra 1,77 milhão de toneladas no mesmo intervalo do ano passado.
Preço da soja reage
A previsão de compras de soja americana pelos argentinos feita pela consultoria Oil World é um dos fatores que ajuda a sustentar as cotações da soja na sessão de hoje da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), afirma a consultoria Safras & Mercado. Na manhã desta terça-feira, dia 25, o contrato para novembro registra alta de 1,5% e atinge preço de US$ 8,53 por bushel.
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