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Argentina tenta vender mais ao Brasil

Antes de concordar com liberação das mercadorias brasileiras barradas na fronteira, secretário quer compromisso de empresários de que vão comprar mais bens argentinosA proposta que o secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, leva para o Brasil nesta terça, dia 8, inverte a lógica da negociação bilateral: antes de concordar com a liberação das mercadorias brasileiras barradas na fronteira desde o início do ano, ele quer o compromisso dos empresários de que vão comprar mais bens argentinos.

A missão comercial liderada pelo secretário conta com 580 empresários da Confederação Geral Empresarial, que reúne pequenas e médias empresas. O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, será o anfitrião.

A rodada de negociação foi proposta por Skaf, durante visita a Buenos Aires, em fevereiro, quando tentou negociar com o governo argentino a abertura do mercado do sócio para os produtos brasileiros, barrados por novas restrições impostas por Moreno. A visita de Skaf provocou atrito com o presidente da União Industrial Argentina (UIA), Ignacio de Mendiguren, que não foi incluído nas conversas.

– É uma tolice querer negociar na Argentina sem conversar com a UIA – disse à Agência Estado uma fonte da organização.

Recentemente, Mendiguren foi à Brasília sem convidar Skaf para as conversas que teve com o governo brasileiro. O resultado desse atrito poderá ser observado na missão desta terça em São Paulo, que não conta com a presença da UIA. Os empresários convocados são de setores variados: alimentos e bebida, cosméticos, limpeza, confecções, calçados, máquinas agrícolas, eletrodomésticos e software. Cada nota de pedido do Brasil por produto argentino será contada como ponto para que Moreno libere a entrada de mercadorias brasileiras.

O objetivo do secretário é aumentar as exportações da Argentina para o Brasil e reduzir o déficit estrutural que possui com o principal sócio do Mercosul. No último ano, Moreno deixou de ser somente o xerife dos preços para ocupar a posição de super-secretário.

“Esta missão se constitui na maior comitiva empresarial recebida pelo Brasil e se trata de uma das missões comerciais de maior magnitude que a Argentina estimulou”, afirmou uma nota do Ministério de Relações Exteriores. Moreno estará acompanhado por Beatriz Paglieri, a secretária de Comércio Exterior que, em tese, seria a pessoa encarregada das negociações. Porém, Paglieri é somente o braço direito de Moreno e não negocia. A secretária de Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria, Cecilia Nahón, também acompanha a comitiva.

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