A Argentina é a terceira maior nação exportadora de milho, depois do Brasil e dos Estados Unidos. O país está atualmente colhendo a safra 2012/2013 do cereal. Segundo estimativa divulgada pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires em 4 de abril, 24,3% da colheita de milho já havia sido concluída. As exportações argentinas são consideradas cruciais para atender à demanda global por causa da oferta apertada dos Estados Unidos.
– Compromissos de exportação de quase 12 milhões de toneladas foram feitos, e os embarques já começaram – destacou Pranteda.
O milho argentino para embarque em junho está sendo oferecido com desconto de 25 centavos de dólar por bushel ante o contrato futuro para julho da Bolsa de Chicago (CBOT), segundo ele. Ao contrário do Brasil, onde os embarques atrasaram e há um período de espera de seis semanas em alguns portos, os navios na Argentina estão sendo carregados em uma semana ou duas, acrescentou o executivo.
Pranteda, cujas previsões sobre grãos da América do Sul são acompanhadas de perto por agentes do mercado, disse que o volume de milho vendido ao Exterior em 2013 deverá ser quase igual ao do ano anterior, 16,5 milhões de toneladas. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) prevê que as exportações argentinas de milho no ano comercial que termina em 30 de junho de 2013 alcancem 18,5 milhões de toneladas, um aumento de 20% ante 2011/2012.
A partir de julho, o milho safrinha do Brasil também estará disponível para exportação, e a colheita dos EUA deve ocorrer em setembro. A oferta maior pesará sobre os preços, e agricultores podem segurar seus grãos, afirmou o executivo. O aumento do consumo doméstico na Argentina, estimado agora em quase 8,5 milhões de toneladas por ano, também irá limitar as exportações, assinalou Pranteda.
Ele disse também que os dados de várias regiões de cultivo indicam que a produção argentina de milho este ano ficará em aproximadamente 25 milhões de toneladas, contra 21 milhões de toneladas em 2012. O IGC projeta 26 milhões de toneladas. As previsões iniciais para a produção argentina de milho este ano eram de cerca de 30 milhões de toneladas, mas um período de seca em dezembro e janeiro afetou a produção, afirmou o executivo. A safra teria ficado abaixo de 23 milhões de toneladas se não fossem duas semanas de chuva em fevereiro, conforme Pranteda. As informações são da Dow Jones.