A capacidade para armazenagem de grãos no Brasil deve ter um déficit de mais de 89 milhões de toneladas neste ano, segundo indica levantamento divulgado nesta semana pela Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio.
Para 2023, a situação é ainda mais preocupante. De acordo com o estudo, o déficit pode ultrapassar as 130 milhões de toneladas. À frente do levantamento, o consultor em agronegócio Carlos Cogo fala em “situação dramática”, ainda mais diante da expectativa de safra recorde.
“A situação é drástica” — Carlos Cogo
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“No ano que vem, numa projeção de safra que pode beirar os 320 milhões de toneladas, mesmo que a gente retome todos os recursos do PCA [Programa para Construção e Ampliação de Armazéns], a gente pode ter um déficit chegando à casa das 130 milhões de toneladas”, disse Cogo ao participar da edição desta quarta-feira (14) do telejornal ‘Mercado & Companhia’. “A situação é drástica, está à beira do caos”, enfatizou.
Recursos insuficientes para a armazenagem de grãos
Sobre o PCA, Carlos Cogo lembrou que R$ 5,13 bilhões foram liberados pelo governo federal. Valor, no entanto, que não é suficiente para resolver o problema de armazenagem de grãos no país, acredita o consultor.
“Os recursos se esgotaram rapidamente, pois havia represamento desses financiamentos ao longo da última safra”, comentou Cogo ao conversar com o jornalista e apresentador Antônio Pétrin. “E também já é praxe os recursos acabarem ou serem liberados muito abaixo do estimado”, complementou o especialista.
