O processo para se conseguir os votos necessários, contudo, sinalizou enfraquecimento do apoio ao crédito tributário. Uma coalizão de conservadores e ambientalistas desafiou a legitimidade dos subsídios, enquanto outros senadores entraram em um debate mais amplo, sobre subsídios em um período de déficit orçamentário.
? Mesmo que eu tenha apoiado esse crédito tributário durante todos os anos em que servi tanto na Câmara quanto no Senado, acho que chegou o momento (de retirar os subsídios). Não pretendo apoiar uma extensão do crédito depois que ele expirar no fim deste ano ? declarou o senador Saxby Chambliss (Partido Republicano, da Geórgia).
A indústria doméstica é protegida por um crédito de US$ 0,54 por galão que é cobrado sobre o etanol importado. Um outro subsídio repassa às refinarias US$ 0,45 por galão de etanol misturado à gasolina.
O senador John McCain (Partido Republicado, do Arizona) tentou diversas vezes acabar com o subsídio, mas as três votações realizadas na década de 1990 a esse respeito não permitiram o fim da subvenção, de acordo com dados do Senado. Mas quando McCain concorreu à presidência, mais legisladores o apoiaram e o Congresso reduziu o subsídio repassado às refinarias, baixando-o de US$ 0,51 para US$ 0,45.
No ano passado, o Congresso dos Estados Unidos concordou em estender o incentivo por mais um ano, até o fim de 2011, e os conservadores fizeram dura oposição.
? A questão como um todo está se desgastando. No ano passado, houve uma boa chance de que acabasse. A consciência de déficit no eleitorado e entre seus representantes não está nos gráficos ? afirmou o analista Benjamin Salisbury, da corretora FBR Capital Markets.