O estudo levou em conta o desempenho da agroindústria de 100 países que respondem por 97% do PIB mundial. A pesquisa reafirma a tendência, já apontada por muitos especialistas, de que o aumento da demanda de alimentos vai se dar, principalmente, nos países emergentes. Nesse cenário, a China passaria de sétimo para segundo maior comprador da agroindústria brasileira. Segundo o levantamento, em 2007, os chineses importaram o equivalente a US$ 900,6 milhões da indústria de alimentos do Brasil. Em 2030, esse valor deve chegar a R$ 2,14 bilhões.
Os pesquisadores também estimam que a indústria de alimentos deve se modernizar, já que vai ser cada vez maior o consumo de produtos processados, com mais valor agregado.
Para atender essa demanda, principalmente de alimentos industrializados, tanto no Brasil como em outros países, a agroindústria brasileira vai ter grandes desafios pela frente. A equipe que realizou o estudo acredita que essas fusões que tem acontecido no setor já são uma forma de preparar para isso.
Um exemplo desta mudança no perfil é o aumento das exportações de alimentos industrializados. O setor vendeu no Exterior US$ 30 bilhões no ano passado e importou US$ 6 bilhões. As vendas aumentaram principalmente para regiões como a Ásia, o Oriente Médio e o Leste Europeu.
Além do aumento nos produtos processados, os pesquisadores lembram que a importação de matérias-primas como couro, celulose e etanol deve crescer ainda mais se comparada ao setor de alimentos. No Brasil, o crescimento na produção de celulose deve ocorrer com maior intensidade no Rio Grande do Sul e no Maranhão.