É justamente nesta fase inicial do plantio que os insumos como ureia, fertilizantes e herbicidas são mais utilizados. Gustavo Hernandes, agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) em Uruguaiana, cidade que mais cultiva arroz no Brasil, comenta que o bom uso dessas matérias-primas agora é decisivo para garantir melhores índices produtivos na hora da colheita.
Ainda que em setembro o Brasil tenha exportado 235,4 mil toneladas (volume recorde), o país consegue vender para fora apenas 10% da produção. Membro da equipe de política setorial do Irga, Bruno Lanzer comenta que a alta do dólar só seria positiva se o volume de exportação fosse significativo, como na soja.
Vivenciando o lado de produtor e do comerciante de insumos, Jorge Bergalo, tem uma revenda de herbicidas em Uruguaiana e planta o grão em 500 hectares.
? A indústria repassou de 15% a 20% de aumento em razão do dólar e o preço acabou subindo também para o produtor. Esse insumo é fundamental e o produtor não pode adiar a compra ? expõe.
O presidente da Federarroz, Renato Rocha, diz que o produtor fica refém do mercado.
? Quem não se organizou, sentiu no bolso. Agora, é preciso pesquisar.