Amorim disse que os países ricos terão essa oportunidade nas negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), que serão retomadas na próxima semana, em Genebra, na Suíça. A Rodada de Doha está praticamente paralisada, em parte pela resistência dos países mais desenvolvidos em levantar os subsídios à agricultura.
? Isso é o que os países ricos têm que entender: a melhor maneira de diminuir a imigração é com um bom resultado (nas negociações) que favoreça os países em desenvolvimento na Rodada de Doha ? afirmou o ministro em discurso no Rio de Janeiro.
Amorim explicou que os fluxos migratórios são produzidos pela necessidade dos habitantes dos países em desenvolvimento de buscar melhores condições de vida em outros lugares.
Segundo ele, entre os subsídios que têm que ser reduzidos está o que os americanos concedem a seus produtores de milho destinado à fabricação de etanol, biocombustível que o Brasil é o maior exportador mundial.
O chanceler disse estar otimista sobre a reunião informal de ministros de vários países da OMC da próxima semana para tentar salvar as negociações da Rodada de Doha. Além disso, ele anunciou que viajará nesta quinta a Genebra para participar de algumas reuniões preparatórias prévias ao encontro de ministros.