A perfuração foi iniciada por técnicos da ANP em conjunto com a Petrobras no dia 21 de dezembro, em área ainda pertencente ao governo federal localizada a nordeste da área de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos, onde já foram localizados entre três bilhões e quatro bilhões de barris. O comunicado da ANP, que consta da página da reguladora na internet desde a manhã desta terça, dia 2, não dá detalhes sobre o poço 2ANP1RJS. Apenas informa que a lâmina d’água no local é de 1.889 metros. A perspectiva da agência era de atingir uma profundidade de 6.425 metros.
A perfuração estava sendo realizada pela sonda Paul Wolf (SS-53), cedida para fazer o trabalho. O poço estratigráfico, que a ANP foi autorizada a realizar no local, é diferenciado do poço comum perfurado pelas companhias petrolíferas, que tem como objetivo atingir uma reserva de petróleo. Ele busca o conhecimento de camadas geológicas e não especificamente um reservatório de óleo ou gás. No entanto, isso não está descartado.
Segundo informações da Petrobras à época do início da perfuração, a companhia vai assumir os custos e os riscos desse poço. Há possibilidade de os indícios de óleo encontrados no poço pertencerem à mesma reserva de Iara, localizada em área vizinha.