A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) esclareceu nesta terça-feira, 14, que a alta do produto ao consumidor final está ligado à conjuntura de mercado. O comunicado foi realizado conjunto com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS).
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação do produto atualmente se encontra em patamares recordes. O indicador do arroz em casca Esalq/ Senar-RS fechou a segunda-feira, 13, a R$ 54,18 por saca.
As entidades justificam que o comportamento de preço fortalecido estará presente em todo o ano comercial de 2020/2021 pela redução da produção brasileira e cotações internacionais mais elevadas.
“Em novembro de 2019 entidades setoriais já haviam previsto e divulgado esse movimento de mercado, agravado em março pelo coronavírus. Foram considerados, por exemplo, itens como o histórico comportamento de preço do arroz em casca no momento da colheita e cotações fortalecidas em janeiro e fevereiro de 2020, com atacado e varejo finalizando o segundo mês do ano com estoques ajustados”, diz a nota.
Além disso, as associações lembram que o setor industrial do Rio Grande do Sul se encontra em fase final de recebimento de matéria-prima proveniente de operações de Cédula de Produto Rural (CPR).
A Federarroz, Farsul e Fetag também reforçam a forte descapitalização do setor produtivo com necessidade de realização de caixa imediata, além da forte mudança na balança comercial do arroz, indicando queda nas exportações e aumento das importações.
As entidades lembram ainda que parcela importante da exportação é proveniente de subproduto do arroz, grão quebrado, e que não é consumido pela população brasileira.