Os custos de produção da cultura do arroz estão atualmente R$ 10 mais altos em relação ao preço pago pela saca. Atualmente o produto no mercado brasileiro vale R$ 35, contra R$ 45 dos custos. Este assunto somado à concorrência desleal entre os arrozeiros de outros países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi tema de reunião em Brasília nesta terça-feira, dia 21.
A principal reclamação do setor é em relação à importação do produto do Mercosul, que tem feito os preços caírem no mercado interno. Os altos custos de produção e a demora no registro de novos defensivos também estão entre os fatores que tem tirado a competitividade do agricultor brasileiro frente aos vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai.
O setor pede que a entrada do grão estrangeiro no país seja revista, além de uma compensação financeira aos agricultores em casos de concorrência desleal. A estimativa é que 1,3 milhão de toneladas de arroz do Mercosul cheguem ao Brasil até o fim do ano.
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“Que nós tenhamos uma política de compensação.O Brasil está exportando muito para Argentina, Uruguai e Paraguai, agora quem está pagando a conta são os arrozeiros, são os triticultores e os produtores de leite do Brasil. Nós já apresentamos um projeto inclusive nessa direção, para que nós possamos compensar nos tributos que nós pagamos, só assim seremos mais competitivos”, explicou o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Henrique Dornelles, o ideal seria retirar a carga tributária de todos os insumos e de máquinas agrícolas, além da tarifa de energia elétrica. “Nós pegamos a energia da usina de Itaipu que fornece para o Paraguai e Brasil. Para os paraguaios a energia é 40% mais barata que a dos brasileiros” explicou.
