Os preços do arroz em casca devem continuar firmes no Brasil, com viés de alta no segundo semestre deste ano, projeta a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. “A perspectiva é amparada no consumo interno aquecido, dólar em patamares acima dos R$ 5, forte expansão das exportações brasileiras na atual safra, com paralelo recuo das importações e projeção de estoque finais significativamente baixos nesta safra”, informa.
Os preços globais do arroz beneficiado registraram fortes altas entre janeiro e maio deste ano, mas cederam levemente na passagem de maio para junho, com do retorno da Índia e do Vietnã ao mercado mundial: ambos países suspenderam contratos de exportação para evitar escassez nos seus mercados domésticos e, principalmente, devido a problemas logísticos relacionados às medidas de isolamento sanitário.
Com a retomada das exportações, os preços indianos e vietnamitas tiveram aumentos de 3% e 4% em maio, enquanto os preços da Tailândia recuaram 8% após subir 15% em abril.
Segundo a Cogo, o elevado patamar do dólar no Brasil segue influindo negativamente nas importações de arroz e, ao mesmo tempo, alavanca a expansão das exportações. Além do câmbio em patamares elevados, as cotações internacionais (em dólares) também subiram neste ano, impulsionando as exportações brasileiras e, no acumulado do ano-safra 2019/2020 (março a maio de 2020), os embarques atingiram 482.866 toneladas (base casca), 13% acima do mesmo período da safra anterior.