A tendência para os preços do arroz é altista no curto prazo, mesmo com o avanço da colheita das áreas irrigadas no Sul do Brasil e em outros países produtores do Mercosul, segundo a consultoria Cogo – Inteligência em agronegócio.
“O mercado registra aceleração de demanda, após a eclosão da pandemia de covid-19, com consumidores formando estoques, especialmente na Ásia e na América Latina, que registram maior consumo per capita, além da restrição de exportação imposta por alguns países”, informa, em relatório especial divulgado nesta quarta-feira, 22.
Segundo a consultoria, as indústrias beneficiadoras desovaram rapidamente suas reservas de produto beneficiado e necessitam buscar mais matéria-prima (arroz em casca). “Isso reverteu a histórica tendência sazonal de baixa neste período do ano, com o preço pago ao produtor do Rio Grande do Sul, no acumulado de 2020, entre janeiro e abril, registrando uma forte alta de 15,4%. Nos últimos 12 meses, a alta é de 35,7%”, diz.
A expectativa é de preços sustentados no curto e médio prazo, com a demanda interna aquecida e a expectativa de expansão das exportações, diante da alta do dólar e das cotações globais, mas a antecipação das compras por parte dos consumidores no varejo poderá esfriar o consumo interno ao longo do segundo semestre deste ano.