A Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) está recomendando aos produtores de arroz atingidos pelos problemas climáticos ao longo da safra 2015/2016 causados pelo fenômeno El Niño que apresentem junto às instituições financeiras o protocolo de carta de recomendação visando a renegociação ou recomposição dos contratos agrários. As ações devem ser adotadas independentemente da continuidade das negociações realizadas com o governo federal.
De acordo com o advogado e diretor executivo da Federarroz, Anderson Belloli, a entidade está orientando as associações locais para buscar medidas junto às prefeituras. “Os produtores e associações locais devem postular junto ao Poder Executivo local a análise de efetivação da Decretação de Emergência e, se possível, Calamidade Pública face aos imensuráveis prejuízos econômicos e sociais causados em razão das perdas na atividade rural”, explica.
A federação está buscando junto ao governo federal soluções para minimizar os problemas causados pelo clima nesta safra, que vem prejudicando os produtores. Um dos pedidos dos arrozeiros é a disponibilização de recursos para a garantia de comercialização do produto, além das renegociações com o intuito de alongamento do passivo com os bancos. As intempéries, juntamente com o alto custo de produção e a descapitalização dos agricultores devido aos baixos preços praticados na safra passada, vem trazendo problemas para o setor.
Área
Na última semana, conforme dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a área colhida do grão chegou a 72% do total de 1,01 milhão de hectares semeados neste período. A produtividade média vem decrescendo a cada levantamento divulgado pelo órgão e atingiu 7,3 mil quilos por hectare no estudo apresentado na última sexta-feira, dia 29 de abril. Ainda não houve uma atualização sobre a quebra na safra de arroz do Rio Grande do Sul.