A entidade calcula que a saca no mercado gaúcho será cotada em R$ 38. No entanto, ela destaca que o reajuste de quase 30% no preço da energia elétrica deve ter um impacto de 10% nos custos dos produtores, e lembra também da influência do preço do diesel e da mão de obra.
– Temos um cenário de bons preços, mas que inspira cautela devido aos altos custos de produção. Neste momento de abertura da colheita queremos externar nossa preocupação com este item que parece não inspirar nenhum tipo de cuidado das instâncias maiores – diz o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles.
Ele classificou a valorização do dólar após a compra de insumos como “sorte”, mas destacou que a formação da próxima lavoura pode ser comprometida se nada for feito.
Com base nas últimas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita de arroz em 2015 deve totalizar 8,29 milhões de toneladas, aumento de 2,2% em relação à safra passada. A área total cultivada no Rio Grande do Sul é de 1,11 milhão de hectares de acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga). Atualmente os gaúchos produzem 65% do total do arroz cultivado em todo o país.