Entre gastos relativos a custeio e investimentos, o total de dívidas chega a R$ 3 bilhões. O documento que a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) entregou ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, pede a liberação para o pagamento dos débitos agrícolas em 35 anos.
Segundo o presidente da Federarroz, Renato Rocha, a rentabilidade da atividade é pequena e não pode ser comprometida com o pagamento das dívidas. A contrapartida por parte do governo é esperada pelos produtores antes do vencimento dos débitos, em junho e julho.
Quem apostou no plantio de soja como alternativa também sofreu impacto da estiagem. Foi o caso do agricultor Ademar Leomar Kuchenborger, de Cachoeira do Sul. Este ano, dividiu a lavoura entre as duas culturas, mas a produção do arroz ficou mais cara em função do aumento dos custos com a irrigação.
— A situação está muito difícil. Sem uma política agrícola e uma composição de dívida, não vai ter continuidade — desabafa Kuchenborger.