A reunião ocorreu na tarde da última terça, dia 17. A entidade atua na representação do pecuarista confinador brasileiro e representa 25% da força do confinamento no País (549 mil cabeças de gado).
O encontro, promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reuniu no Congresso Nacional, em Brasília (DF), o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, a presidente da CNA, senadora Katia Abreu, além do presidente da Abiec, Roberto Gianetti e representantes do Banco do Brasil e parlamentares.
Segundo o diretor executivo da Assocon, Juan Lebrón, que esteve presente à reunião junto com o presidente Ricardo Merola, nenhum fato novo que possibilite acreditar numa reviravolta imediata na situação vivenciada hoje por frigoríficos e pecuaristas foi evidenciado.
? O Brasil tem hoje cerca de 700 frigoríficos constando no Serviço de Inspeção Federal (SIF), sendo que destes, apenas quatro ou cinco atuam como importantes players na exportação de carne bovina para o mundo. A questão a ser colocada é se a liberação dos R$ 1,6 bilhão de reais irá de fato resolver os problemas do setor no médio e longo prazo ? argumenta o executivo.
O próprio ministro da agricultura, em discurso durante a audiência, tratou com cautela a questão da liberação de recursos por parte dos bancos públicos ao afirmar que a decisão dependerá do parecer técnico a respeito da situação financeira dessas empresas. O ministro disse ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já está fazendo uma análise do que está acontecendo no setor, onde não há pacote.
Em linha com essa perspectiva pouco otimista com relação a uma rápida resolução da crise, a Assocon decidiu fazer um alerta aos associados para informá-los quanto à adoção de medidas preventivas no momento de comercializar sua produção. A entidade elaborou uma pequena cartilha com dicas simples sobre como fazer uma venda segura do gado em meio à crise de pagamento, a fim de se proteger de eventuais calotes.