O chefe de iniciativas ambientais da Iata, Paul Steele, afirmou à imprensa em Nova Délhi, que o biocombustível receberia a certificação necessária para ser utilizado em voos comerciais no final do próximo ano. A certificação da Iata é vista como o primeiro passo técnico que pode eliminar algumas das incertezas dos investidores sobre o uso de biocombustíveis de alta qualidade na aviação.
A Iata considera que o biocombustível na aviação pode reduzir as emissões de dióxido de carbono em 80% e economizar 600 kg de emissões por voo em um avião Boeing 747-400. Paul Steele indicou que recentes voos de teste, realizados para desvincular o crescimento do tráfego aéreo do aumento de emissões, mostraram que o biocombustível e o combustível tradicional podiam ser misturados sem a modificação dos motores dos aviões. Mas as companhias aéreas enfrentam o desafio de controlar seus custos e procurar biocombustível sem afetar a produção de alimentos, acrescentou.
Os mais críticos com os biocombustíveis afirmam que seu desenvolvimento afeta a produção de alimentos e as reservas de água. São vistos como uma solução contra o aquecimento climático, mas na realidade pode agravá-la por incentivar o desmatamento, cujo impacto não é levado em conta pelas principais leis sobre o clima, segundo estudo publicado na revista Science de 23 de outubro. O biocombustível é somente uma parte da estratégia da Iata para conseguir um crescimento neutro em emissões de dióxido de carbono.