O índice de desocupados cresceu em 141 mil pessoas se comparado com o mês anterior. São dois milhões de desempregados nas principais capitais do país.
Embora esta taxa tenha aumentado, nove mil pessoas ainda conseguiram um emprego recentemente. Mas para o economista Roberto Piscitelli, o dado que mais chama a atenção é o crescimento da informalidade, reflexo da crise econômica.
? O número de pessoas que tinham carteira assinada caiu em 48 mil. Esse número é muito maior do que o número de vagas que foram criadas em março. Até quando nós vamos permanecer nesta curva descendente ainda não é possível dizer com exatidão. Isso pode se prolongar ainda mais ? diz Piscitelli.
O IBGE divulgou também o Índice de preços ao consumidor Amplo, o IPCA-15, que é o índice oficial da inflação no país. O indicador, que reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, registrou elevação de 0,36% em abril.
Depois de tanto tempo sendo considerados vilões da economia, produtos básicos da alimentação do brasileiro como o arroz e o feijão apresentaram queda nos preços. Desta vez, os itens que contribuíram para o aumento do índice de inflação foram empregados domésticos, cigarros e gás de cozinha.
? Nós ainda não conseguimos nos livrar desses reajustes automáticos, desses preços administrados, é o caso especialmente dos remédios, do gás de cozinha. No caso de outros itens são perfeitamente explicáveis que costumam ocorrer em determinados momentos, em razões específicas como o cigarro, aumento do IPI e, no caso do emprego doméstico, é influência do reajuste do salário mínimo ? finaliza o economista.