As ações do Brasil para ampliar as exportações de carne bovina ao mercado chileno foram destaque da pauta.
? Estamos cumprindo à risca o cronograma acordado e esperando a vinda da missão chilena para finalizarmos o processo ? afirmou o secretário de Defesa Agropecuária.
Em julho, Kroetz esteve com representantes do Serviço Agrícola e Pecuário do Chile e solicitou o reconhecimento das unidades federativas identificadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres de febre aftosa com vacinação. Isso permitirá que, além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, outros Estados sejam habilitados a exportar carne bovina para o Chile. Recentemente, o país vizinho retomou as importações de suínos e aves.
Para Kroetz, a provável certificação da carne bovina brasileira, prevista para novembro, terá impacto significativo nas exportações. Furche, por sua vez, explicou que o Chile depende hoje da carne de outros mercados e pretende comprar o produto brasileiro o quanto antes.
? Já importamos, em média, 300 mil toneladas de carne bovina de outros países e acredito que, em breve, voltaremos a importar o produto do Brasil, que é hoje o maior vendedor de carne do mundo ? enfatizou.
Na área vegetal, os chilenos querem conhecer o trabalho do Brasil no combate ao greening ? praga que ataca pomares de citrus ? e à cydia pomonella ? praga da maçã ?, além do modelo de análise de risco. Está prevista para setembro uma reunião entre técnicos dos dois países para tratar do Sistema para Manejo de Risco de Pragas que será implementado na próxima safra. Esse mecanismo fará o controle sanitário do ácaro Brevipalpus chilensis, responsável pela suspensão das importações de frutas chilenas, em março deste ano, e já retomadas há dois meses.
Sobre o atual momento entre os dois países, o embaixador comemorou a resolução de todos os problemas ocorridos no primeiro semestre de 2008 e acrescentou que “não existe comércio sem problemas” e que acha importante ter confiança mútua e mecanismos para resolvê-los.