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Banco do Brasil prorroga os pagamentos de custeio do arroz

Os produtores terão a opção de dividir o valor em três, sendo pagos em novembro, janeiro e fevereiro. Outra alternativa é a possibilidade de se fazer uma operação de Empréstimos do Governo Federal (EGF)

Fonte: Claudio Fachel

Uma nova medida junto ao Banco do Brasil deverá auxiliar o mercado interno do arroz. Nas negociações ocorridas em Brasília (DF) na última semana, o setor chegou a um acordo com a instituição financeira onde todas as operações de custeio no banco foram automaticamente prorrogadas para outubro.

Os produtores, até dia 20 de outubro, poderão optar por fazer o valor de pagamento dividido em três, sendo pagos em novembro, em janeiro e em fevereiro. Outra alternativa é a possibilidade de se fazer uma operação de Empréstimos do Governo Federal (EGF) com a garantia de colocar o vencimento para 180 dias.

Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, a medida vem em bom momento, já que o governo anunciou recentemente a realização de leilões de Prêmio Para Escoamento do Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para a cultura. De acordo com ele, não adiantaria muito ter conseguido a política agrícola para o arroz, se os pagamentos do custeio não fossem melhor escalonados.

“O banco, que é o principal financiador do agronegócio brasileiro e, em especial o arroz, desenvolveu um novo calendário com o objetivo de tirar toda esta pressão neste momento”, observou.

Dornelles salienta que, como 30% do valor inicial lá de julho foi efetivamente quitado pelos arrozeiros, ficam faltando 70% a ser escalonado nestas três parcelas. Com isso, acredita que este parcelamento e os valores disponíveis para PEP e Pepro darão uma nova dinâmica ao mercado. “Além disso, operações especiais estarão sendo realizadas para os EGFs vencendo neste momento, que serão tratadas caso a caso”, explicou.

O governo federal destacou o montante de R$ 100 milhões para a comercialização de arroz e trigo, sendo R$ 60 milhões para o arroz. Durante os próximos 15 dias as portarias deverão ser editadas e autorizadas.

Dornelles alerta que os produtores com dificuldades poderão optar pelo Manual de Crédito Rural (MCR), no qual a Federarroz não aconselha este porque poderá repercutir no limite de crédito para a próxima safra.

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