O diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Marco Túlio Moraes da Costa, anunciou nesta quarta-feira, dia 4, as diretrizes da renegociação das dívidas de custeio e investimento para os produtores de arroz, referente à safra 2017/2018. O dirigente recebeu uma comitiva de representantes do setor em audiência intermediada pelo coordenador da Comissão Externa do Endividamento Agrícola, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS).
Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, as medidas inicialmente previam o pagamento de uma entrada de 30% das dívidas de custeio e o saldo devedor em até três anos. No entanto, o diretor do Banco do Brasil aceitou uma contraproposta apresentada, com entrada de 20%.
“O conselho do Banco do Brasil volta a se reunir e até a próxima semana já teremos essa definição. Há uma sensibilidade muito grande em relação à grave crise de renda vivida pelo setor”, ressaltou o parlamentar. Em relação aos contratos de investimentos, a solução apresentada é estender o pagamento para um ano depois da última parcela.
Ainda de acordo com o diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio da Costa, as superintendências já estão orientadas a analisar individualmente uma solução para os casos mais delicados. “Não é de hoje que o Banco do Brasil tem se mostrado parceiro do produtor de arroz. O importante para nós é manter os arrozeiros produzindo”, destacou.
O dirigente disse ainda que, caso fique comprovada a incapacidade financeira do produtor, o percentual de entrada poderá ser ainda menor. Já as parcelas pendentes relativas à safra 2016/2017 não terão desconto nem prorrogação e deverão ser pagas à vista.
Na avaliação do vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do sul (Federarroz), Alexandre Velho, a reunião foi positiva. “Acho que o banco demonstrou sensibilidade em escutar dos produtores que a entrada sugerida, de 30%, seria bastante pesada. Esperamos que a redução se concretize para que os arrozeiros possam fazer o escalonamento do seu custeio e colocar os investimentos para o final do contrato. No curto prazo, isso também deve se refletir no mercado do arroz”, disse.