Os diretores das empresas não detalham números, mas garantem que a edição deste ano superou as expectativas. As avaliações são feitas a partir das propostas de financiamento recebidas, que, segundo os executivos, podem levar entre 30 e 60 dias, dependendo do caso, para serem finalizadas.
No Banco do Brasil, a avaliação é de superar o volume de propostas acolhidas em 2010, que ficou em torno de R$ 780 milhões, de acordo com fechamento informado pelos representantes da instituição na feira. O valor considera também propostas feitas durante a Agrishow, mas consolidadas nos primeiros dias após o evento. Segundo eles, o volume é contabilizado posteriormente. O valor apenas das propostas consolidadas durante a semana da feira de 2010 somou R$ 610 milhões. A expectativa divulgada pelo o banco é atingir os R$ 800 milhões.
? O agronegócio está em um momento bom. Isso favorece o produtor. O momento é propício para a renovação do parque tecnológico ? avalia o gerente de Desenvolvimento Sustentável da superintendência de Ribeirão Preto, Joaquim Lauro Sando.
O superintendente de Agronegócios do Banco Santander, Walmir Segatto, revela a expectativa de um crescimento de 30% no crédito liberado durante a Agrishow. Segundo ele, a procura dos produtores pelos financiamentos começou já antes da feira e o resultado, em parte, deve se consolidar até o fim do evento.
? Neste ano, o produtor voltou a fazer a renovação tecnológica da sua produção. Nós fizemos um trabalho diferenciado e o desempenho foi muito positivo ? afirma Segatto.
Montadoras
Entre as financeiras próprias das montadoras, a avaliação também é otimista. Até no caso de estreantes na Agrishow, como a Kuhn Finance. A financeira é ligada a uma fábrica de equipamentos com mais de 180 anos. A multinacional tem sede na França e fábricas no Brasil, na Holanda e nos Estados Unidos.
O financiamento próprio no Brasil foi lançado na feira. Sem detalhar projeções, os executivos afirmam apenas que a financeira deve responder por, pelo menos, 40% das propostas apresentadas, com boa parte aprovada antes do fim da feira.
? O banco ligado à fábrica facilita e é bem aceito. É uma solução completa. O mercado esta comprador e o momento é favorável a oferecer vantagens a mais ? argumenta o gerente Mariclésio Mattana.
No Banco CNH, que financia os equipamentos da Case e da New Holland, a avaliação não é diferente. Segundo o diretor comercial, Emir Rutzatz, a financeira também deve responder por 40% dos financiamentos das duas fabricantes.
? A expectativa era grande e vai se concretizar. Como há um grande volume de negócios nas duas marcas, isso se traduz em propostas para o banco ? explica o diretor comercial.
Os executivos da AGCO Finance, que financia produtos das marcas Valtra e Massey Fergusson, também estão otimistas. No estande da Valtra, por exemplo, espera-se que metade das propostas de financiamento feitas na Agrishow sejam enviadas para a financeira própria. A média da companhia é 35%.
? O volume de propostas tem sido expressivo, superando nossas expectativas ? acredita o coordenador comercial da AGCO Finance para a região Sudeste.
? O momento é favorável e também devemos, ao menos, igualar o movimento do ano passado ? complementa o coordenador regional de vendas para São Paulo e Rio de Janeiro da AGCO Finance, Kleber Barba.
Nesta sexta, dia 6, por volta das 15h, está prevista uma entrevista coletiva com os dirigentes da Agrishow, para a divulgação de um balanço preliminar dos cinco dias de evento. Além de informar o número de visitantes, os organizadores devem divulgar uma estimativa de volume de negócios, com base apenas nos números divulgados pelos bancos de varejo.