A empresa também não poderia criar uma marca para substituir a Perdigão, que junto com a Sadia resulta em grande concentração em vários mercados. Embora ainda não exista uma definição, as discussões caminham nesse sentido, até porque o Cade pretende julgar o caso BRF já nesta quarta, dia 13.
A BRF já ofereceu vender ativos consolidados para terceiros, espalhados pelo país. A venda incluiria cerca de metade do total adquirido, incluindo fábricas, unidades de compras de matérias-primas e centros de distribuição. Ao todo, isso corresponderia a um terço do total da BRF.
A nova proposta inclui também a suspensão do uso da marca Perdigão por um tempo determinado e sem a possibilidade de criar uma marca substituta, para dar fôlego aos novos concorrentes se firmarem no mercado. A ideia de vetar a entrada de uma nova marca é para evitar que a BRF, mesmo com outro nome, mantenha a mesma fatia de mercado, como ocorreu no caso Kolynos/Colgate.
A suspensão da marca Perdigão seria só nos segmentos em que, junto com a Sadia, há concentração de 70% a 80% nos mercados, como pizzas, pratos prontos e salsichas.