No Brasil já são três milhões de cabeças de búfalos, de quatro raças, concentradas principalmente no Pará e Rio Grande do Sul, um nicho de mercado valioso para quem produz leite. O diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB), Cláudio Varella Bruna, diz que a indústria de laticínios chega a pagar, pelo litro de leite de búfala, o dobro do que paga pelo de vaca.
As vantagens podem ser conferidas pela primeira vez na Feileite. A feira é considerada um dos mais importantes eventos da pecuária leiteira e tem atraído cada vez mais animais para os julgamentos e leilões. Este ano a procura superou as expectativas da organização.
Os bovinos em exposição são de sete raças leiteiras e vem de 200 criatórios do Brasil. Assim como ocorreu em 2009, a raça com maior espaço é o gir leiteiro. Os mais de 500 animais inscritos este ano ganharam uma pista exclusiva de julgamento.
Entre os 20 mil visitantes que devem passar pelo evento até o próximo sábado, vão estar pequenos produtores de leite, vindos em caravanas de diversas partes do Brasil. A idéia é mostrar que o mundo da genética e dos animais preparados para pista não está assim tão longe da realidade da produção, inclusive para quem produz pequenas quantidades.
Para o presidente da Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), Carlos Alberto da Silva, a necessidade de se investir em genética e aumentar a produtividade do rebanho é cada vez maior no setor leiteiro, inclusive entre pequenos produtores.
Mais eficiência na base da cadeia produtiva é fundamental neste momento, defende Silva. E os números confirmam isso: de acordo com a Scot Consultoria, o custo de produção na pecuária de leite aumentou 23% nos últimos cinco meses.