Responsável por, pelo menos, 70% da economia local, a maçã da cidade não escapará de uma doença causada pelo excesso de umidade. Trata-se de um fungo, a sarna da macieira que, na planta, seca a folha e impede a fotossíntese e, na fruta, cria uma casca dura, como uma casca de ferida, que a deforma e prejudica a sua qualidade.
O alerta é do engenheiro agrônomo Názaro Vieira Lima, da Epagri de São Joaquim. Ele explica que, pelas constantes chuvas, a maçã não estará livre da doença, mas, por enquanto, não é possível estimar as perdas.
Uma das fases mais importantes da maçã, a polinização, não foi prejudicada pelas chuvas, que começaram logo depois. Neste momento, os frutos estão em processo de crescimento, menores que uma bola de gude, e no início de novembro, quando começa o raleio – separação dos bons frutos ainda na árvore – na maioria dos pomares, é que se poderá ter uma noção de quantos foram afetados.
? Mesmo com defensivos químicos, é tanta chuva que estes produtos não conseguirão eliminar a sarna por completo. Ainda não é possível prever a intensidade do problema, mas se muitos frutos estiverem com a doença quando forem colhidos, a partir de fevereiro, as vendas, principalmente as exportações, estarão bastante comprometidas ? disse Názaro Lima.