Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Comércio varejista cresce pelo quarto mês seguido amparado no crédito

Para economista, oferta tende a cair em função das medidas do Banco Central para conter a inflaçãoAs vendas no comércio varejista cresceram 1,3% em julho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto mês seguido de alta.

Na comparação com julho do ano passado, houve um crescimento generalizado no volume de vendas. Desempenho puxado por materiais de escritório, informática e comunicação. No acumulado de abril a junho, o crescimento do setor é de 9,4% na comparação com o mesmo período no ano passado.

Das dez atividades pesquisadas pelo IBGE, nove apresentaram crescimento no mês passado. Os destaques foram os setores de combustíveis, veículos e tecidos. O único segmento que sofreu desaceleração foi o de artigos de uso pessoal.

Nos resultados regionais, Roraima (crescimento de 15,4%), Mato Grosso (12,6%) e São Paulo (12,3%) foram os destaques. Por outro lado, Sergipe, Amazonas e Pará registraram queda no volume de vendas.

O economista do Banco Espírito Santo (BES) Flávio Serrano destacou que o crescimento do varejo na primeira metade do ano foi impulsionado pela grande oferta de crédito no mercado. Entretanto, essa oferta dá sinais de acomodação.

? Em termos reais, esse ritmo está diminuindo e deve ficar mais compatível com o ritmo de crescimento da economia ? disse ele ao Agribusiness Online, nesta quinta, dia 14.

Na avaliação do economista, a tendência é de retração ainda maior do crédito, com conseqüências sobre o desempenho da economia. Serrano creditou parte desse efeito à política monetária adotada pelo Banco Central para conter a inflação.

? A intenção é justamente criar um melhor equilíbrio entre oferta e demanda. As fornecedoras de crédito tentam compensar aumentando os prazos, mas à medida que há uma queda do rendimento médio da população, não há espaço para que isso perdure.

Juros e inflação

Na avaliação do Banco Espírito Santo, o aumento da taxa básica de juros (Selic), principal mecanismo do governo para o controle da inflação, é positivo. Mesmo com os recentes sinais de queda na pressão inflacionária, o Banco Central deve manter a postura mais firme e a taxa Selic deve fechar o ano em 14,25%.

O próprio BC já projeta há duas semanas uma desaceleração no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial. A expectativa é de que a inflação feche o ano em 6,45%, dentro da meta estipulada pelo governo. Os economistas do BES são mais otimistas e esperam índice entre 5,8% e 6%.

Para o ano que vem, a projeção do Banco Espírito Santo é de que a inflação oficial feche em 4,3%, como explicou Flávio Serrano. Os chamados preços administrados ? aluguéis e tarifas de serviços, como água e energia ? devem subir, pressionados pela alta do IGP-M. Já os preços livres devem sofrer certa acomodação.

? Boa parte dessa acomodação dos preços livres é justamente alimentação, que deve ficar nesse patamar entre 4% e 5% no ano que vem.

Sair da versão mobile