De acordo com Engel, o Memorando de Entendimento sobre Biocombustíveis Estados Unidos-Brasil (MUM, na sigla em inglês), pelo qual as duas nações se comprometem a compartilhar tecnologia para a produção de etanol e estimular a produção do biocombustível para países da América Central e do Caribe, deveria ser ampliado de modo a contemplar mais nações da região. Segundo Engel, mais de 90% dos países da região dependem de petróleo importado, proveniente, principalmente, da Venezuela.
O memorando, afirmou o deputado, “é a peça central de nossa relação bilateral e representa o começo do programa voltado a ajudar os países da região a desenvolverem estoques de energia, mas não é o suficiente”. Para o congressista, a aliança entre Brasil e Estados Unidos pode representar um passo importante dentro da chamada Parceria Energética para as Américas, uma proposta defendida pelo presidente Barack Obama e que, até o momento, é mais um título do que uma estratégia detalhada.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também defendeu a importância da parceria energética em um pronunciamento recente, mas não forneceu dados mais específicos sobre a proposta.
Segundo o colunista Andres Oppenheimer, do jornal Miami Herald, o plano energético do governo Obama poderia incorporar propostas contidas no projeto de lei que o senador republicano Dick Lugar e o democrata Chris Dodd deverão reintroduzir no Senado antes da realização da Cúpula das Américas, que acontecerá entre 17 e 19 de abril, em Trinidad e Tobago.
O plano dos dois senadores defende a criação de reservas regionais de petróleo e de etanol e o financiamento para programas de desenvolvimento de energia solar, eólica e de biocombustíveis.