Nesta quarta, dia 14, Micheletto se reuniu com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alexandre Magno, e manteve contatos com ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, com o das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto de Carvalho, para apresentar o quadro de dificuldades vivido pelos produtores paranaenses. Com o presidente da Conab, o deputado discutiu o apoio para a comercialização de mais 500 mil toneladas de trigo.
A maior preocupação do setor é que o período de vigência dos preços mínimos da safra 2009 de trigo expirou no último dia 30 e cerca de 500 mil toneladas do produto ainda estão em poder das cooperativas e dos triticultores. Com a redução dos preços de garantia, o setor teme que os estoques sejam comercializados bem abaixo dos custos de produção. Por isso, pede que os preços mínimos vigorem por mais 60 dias até o pagamentos das AGFs e escoamento do restante da safra de trigo.
Micheletto informou às autoridades de Brasília que o segmento da triticultura nacional está indignado com a decisão do governo federal que reduziu em 10% o preço mínimo do trigo, medida considerada ilegal e atabalhoada, “justamente no momento em que se finalizava a colheita, o que funcionou como um desestímulo, uma verdadeira ducha de água fria no ânimo dos produtores. Os triticultores estão tão indignados com essa portaria que entidades como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) está entrando na justiça contra a medida, a portaria interessa mais aos importadores e a indústria nacional de trigo”, explicou o deputado.
? Estamos todos revoltados com essa redução dos preços mínimos para o trigo, produto considerado de segurança alimentar e que importamos cerca de 50% das nossas necessidades ? ressaltou o deputado.
A seu ver, com essa medida fica mais distante a tão desejada autossuficiência. Ele explicou que o trigo mais consumido no Brasil terá um preço de R$ 28,62 a saca e sua produção tem um custo de R$ 32,00 no Paraná.
? Veja que absurdo essa decisão que desestimula o produtor brasileiro e valoriza o produto importado ? comentou o parlamentar.