Para ela, o país é o local para se aplicar em vários setores porque há uma combinação de fatores que favorecem os investimentos, como estabilidade econômica e crescimento acelerado. Mas os destaques, segundo Dilma, são as garantias do Estado de direito democrático e do respeito aos direitos humanos.
No quarto dia de visita à China, a presidente afirmou que no novo mundo multipolar, não há espaço para modelos únicos.
? Não buscamos modelos únicos e unanimidades. Os consensos da história recente sob a égide do mercado, que supostamente nunca falhariam, mostraram-se frágeis como um castelo de cartas ? disse Dilma a uma plateia de empresários, autoridades e líderes políticos, entre eles o presidente da China, Hu Jintao.
? Existem grandes oportunidades no Brasil. Nós hoje combinamos estabilidade econômica, crescimento acelerado, projeto estratégico de desenvolvimento, ciência e tecnologia, inovação, inclusão social, Estado de direito democrático, compromisso com os direitos humanos e um profundo sentimento de autoestima de nosso povo ? acrescentou.
A discussão em torno da questão dos direitos humanos na China ganhou mais força nos últimos dias, depois da prisão do artista e crítico do governo Ai Wei Wei. O artista usava a internet para difundir suas ideias e foi preso após a onda de protestos em países como o Egito e a Tunísia. O governo chinês não fornece informações sobre Wei.
Ao final, em rápida entrevista coletiva, Dilma comentou o caso do artista chinês.
? Todo mundo tem problema de direitos humanos ? afirmou.