Só que enquanto o cultivo diversificado avança em larga escala, a área de pastagem diminuiu nos últimos dois anos de 1,4 para 1,2 unidades animais por hectare. Mas isso não significa queda na produção de leite, já que o Estado de Minas Gerais, principal produtor leiteiro do país, deve bater novo recorde na produção com 7,6 bilhões de litros.
Ainda conhecida como a capital do zebu, raça trazida para região no final do século 19, atualmente a cidade é um pólo de criação, desenvolvimento genético e comercialização de sêmen animal. São 11 empresas neste segmento que exportam para diferentes países. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), a tendência é que esse mercado cresça ainda mais.
A vocação histórica para o agronegócio reflete em outro bom momento para Uberaba: a geração de empregos. De janeiro de 2005 a julho deste ano, mais de seis mil vagas foram criadas. E esse número tende a crescer com a instalação de três usinas na cidade, que devem gerar 15 mil postos de trabalho até 2010.
Outro setor que também contribui para a geração de empregos é a construção civil. Até o final do próximo ano, oito mil novos imóveis serão inaugurados e seis empresas se instalarão na cidade.
Para o professor de Gestão de Agronegócio Agrimedes Onório, o clima favorável agregado à tecnologia e surgimento de novos cursos com mão-de-obra especializada faz do município um pólo de diversificação.