A contribuição científica está atrelada aos avanços do agronegócio brasileiro. De acordo com a Embrapa, entre 1997 e 2017, as cinco principais culturas nacionais apresentaram saltos de produtividade: arroz (400%), milho (340%), trigo (300%), feijão (200%) e soja (200%).
Eliseu Alves, fundador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), afirma que esses aumentos permitiram ao país ter uma pauta de exportação bastante diversificada, o que está salvando a economia nacional. “Hoje, pode até ter gente passando fome no Brasil, mas não é por falta de produção”, enfatiza.
A instituição desenvolveu o projeto Visão 2030: O Futuro da Agricultura Brasileira, que reúne as necessidades apontadas por produtores rurais para o crescimento do setor. O documento foi entregue a representantes de 32 partidos políticos. A ideia é estimular os candidatos a formularem soluções para esses pontos.
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Segundo o ex-ministro da Agricultura ALysson Paolinelli, é necessário garantir investimento em políticas públicas e avanço científico-tecnológico. “Você tem produzir inovação para ser competitivo com os vizinhos que estão promovendo inovação”, diz.
A expectativa é que em 2030 a população mundial chegue a 8,5 bilhões de pessoas, sendo que 60% ocupará a classe média. Com esse cenário no horizonte, o principal desafio do Brasil é superar problemas estruturais internos para atender à demanda por alimentos. ”Que essa expansão vise a utilização de práticas sustentáveis de agricultura, como plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta etc”, diz o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês), Alan Bojanic.
O pesquisador da Embrapa, Edson Bolfe, também fala sobre os obstáculos do agronegócio. “O aumento da produtividade e da produção nos diferentes sistemas, seja agrícola ou de produção animal, mantendo a disponibilidade dos recursos naturais. Esse é o grande desafio”. O especialista cita os sistemas integrados, como a ILPF, como um exemplo.
