Segundo o economista Roberto Piscitelli, as notícias são favoráveis ao Brasil. Ele destaca que, no caso do milho, há alguns aspectos que merecem ser frisados, pois o relatório aponta uma redução tanto da produção quanto da produtividade do grão, que pode ser associado a uma redução de estoques e de áreas de plantio.
? Ou seja, eles [Estados Unidos] têm um déficit entre as estimativas de consumo e de produção. O que mais se pode destacar, no caso do milho, é que, no ano passado, cerca de um quarto da produção se destinava ao etanol e, pelas estimativas atuais, isso já atinge cerca um terço da produção.
Para o especialista, isso abre mercados para o Brasil na medida que os EUA deixam de produzir ou exportar para outros países ou deixam de ser concorrentes na produção de milho.
Com relação à soja, a boa notícia vem da estimativa de aumento do preço médio. Portanto, com a commoditie ficando mais cara os produtores do grão devem ser favorecidos com as exportações, pelo menos neste período atual. Piscitelli, entretanto, alerta para o fato de o mundo estar passando por um momento de incertezas e de muitas variações na economia mundial, por isso, embora as indicações sejam boas, é preciso manter cautela.
Matéria corrigida às 16h do dia 24 de setembro, com ajuda do internauta José Luiz Vargas