O estudo aponta que não há sombra nos canaviais e que o cortador não se hidrata adequadamente. O trabalhador já leva de casa a água para consumo na lavoura e depois reabastece nos reservatórios dos ônibus, quando possível. Mas, segundo o estudo da Secretaria de Saúde, “esses reservatórios não são refrigerados, apresentam péssimas condições de armazenamento e higiene e a água fornecida não vem de fontes tratadas em 40% dos casos”.
O documento, feito com base em inspeções coordenadas pela Vigilância Sanitária Estadual, irá nortear regulamentação estadual, prevista para este ano, para melhorar as condições sanitárias no trabalho dos profissionais do setor.
O estudo aponta ainda que trabalhadores normalmente não têm local adequado para realizarem refeições nem para acondicionar a refeição.
? Enquanto trabalham, os cortadores carregam consigo suas marmitas e, muitas vezes, o alimento fermenta ou azeda. Porém, como o trabalho consome muita energia, eles acabam consumindo a comida mesmo que esteja estragada ? relata o estudo da Secretaria de Saúde.
? A Vigilância Sanitária está olhando para esse setor e discutindo políticas de saúde. O empregador tem que saber que está sendo vigiado ? afirma Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária Estadual. Desde 2007, a Secretaria de Saúde paulista capacitou 500 profissionais de todo o Estado para fazer a fiscalização desse setor. Nesse período, foram inspecionadas 148 usinas e feitas 102 autuações.