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Estudo retrata trabalho exaustivo nos canaviais de São Paulo

Dados apontam que cada trabalhador perde cerca de oito litros de água por dia para cortar, em média, 12 toneladas de canaEstudo da Secretaria de Saúde de São Paulo retrata o quanto é repetitiva e exaustiva a rotina diária do cortador de cana-de-açúcar nas lavouras do Estado, maior produtor mundial. Os dados apontam que cada trabalhador faz 17 flexões de tronco e dá 54 golpes de facão a cada minuto, tem postura incorreta e perde cerca de oito litros de água por dia para cortar, em média, 12 toneladas de cana.

O estudo aponta que não há sombra nos canaviais e que o cortador não se hidrata adequadamente. O trabalhador já leva de casa a água para consumo na lavoura e depois reabastece nos reservatórios dos ônibus, quando possível. Mas, segundo o estudo da Secretaria de Saúde, “esses reservatórios não são refrigerados, apresentam péssimas condições de armazenamento e higiene e a água fornecida não vem de fontes tratadas em 40% dos casos”.

O documento, feito com base em inspeções coordenadas pela Vigilância Sanitária Estadual, irá nortear regulamentação estadual, prevista para este ano, para melhorar as condições sanitárias no trabalho dos profissionais do setor.

O estudo aponta ainda que trabalhadores normalmente não têm local adequado para realizarem refeições nem para acondicionar a refeição.

? Enquanto trabalham, os cortadores carregam consigo suas marmitas e, muitas vezes, o alimento fermenta ou azeda. Porém, como o trabalho consome muita energia, eles acabam consumindo a comida mesmo que esteja estragada ? relata o estudo da Secretaria de Saúde.

? A Vigilância Sanitária está olhando para esse setor e discutindo políticas de saúde. O empregador tem que saber que está sendo vigiado ? afirma Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária Estadual. Desde 2007, a Secretaria de Saúde paulista capacitou 500 profissionais de todo o Estado para fazer a fiscalização desse setor. Nesse período, foram inspecionadas 148 usinas e feitas 102 autuações.

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