Excesso de chuvas torrenciais e vendavais estão prejudicando o manejo das lavouras de arroz em regiões produtoras do Rio Grande do Sul, com risco de atrasar a semeadura. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a situação se agravou nesta semana, com ocorrência de uma sucessão de temporais, que provocaram inundações e rios saindo do leito. Em alguns municípios, as precipitações já ultrapassaram 400 mm no mês, causando prejuízos e transtornos às comunidades locais.
Até 25 de outubro, a semeadura das lavouras no estado atingia 48,40% da área, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Boa parte das lavouras implantadas teve as operações adotadas no pós-plantio dificultadas. Apresentaram também problemas no estabelecimento e na homogeneidade dos estandes e no controle de plantas daninhas, o que deverá afetar os custos e a produtividade, reduzindo o potencial esperado das lavouras.
- Arroz: safra menor e exportação aquecida criam cenário positivo para setor
- Custo na produção do arroz em RS deve subir 4% na próxima safra, diz entidade
O clima severo também provocou um atraso na semeadura nas regiões da Planície Costeira Externa e na Depressão Central, onde a presença do arroz vermelho exige descanso após a preparação da área, para sua germinação, para posterior semeadura do cereal.
Ainda segundo a Safras & Mercado, outro aspecto relevante, com as recentes chuvas ocorridas nesta semana e com novas previsões de mau tempo, a janela para o melhor período recomendado para a semeadura do arroz irrigado, que vai até o dia 5 de novembro, para todas as regiões arrozeiras, exceto o litoral norte, até 10 de novembro, começa a ficar muito ajustada.
Segundo as normas técnicas, o ciclo das cultivares precoces tem como período de plantio de 1º de outubro a 10 de novembro e as variedades do ciclo médio, predominante no estado, vai de 1º de setembro até 30 de outubro.