Os volumes crescentes há seis anos colocam o Brasil no clube dos dez maiores exportadores de arroz, ainda distante das 9 milhões de toneladas comercializadas pela Tailândia, mas bem acima das quase insignificantes 23,5 mil toneladas que vendeu em 2003. O país ainda não é superavitário no item, mas as importações, feitas basicamente do Mercosul, vêm caindo e podem fechar o ano-safra com volume pouco superior ao das exportações. Até janeiro, chegaram a 871,5 mil toneladas.
A atual escalada das exportações começou em 2004. Naquele ano, o volume ainda foi baixo, de 92,2 mil toneladas, mas correspondeu a um salto que quadruplicou as 23,5 mil toneladas de 2003. Outra multiplicação semelhante elevou o volume para 379,7 mil toneladas em 2005. Após uma pequena queda em 2007, para 319,1 mil toneladas, houve mais um pulo, para 790 mil toneladas em 2008, estimulado pela cotação internacional do arroz, que dobrou de preço, chegado à inédita marca de US$ 1,026 mil a tonelada na Tailândia.
O Brasil encontrou brechas para se tornar exportador quando a superoferta do mercado internacional foi enxugada pelo crescimento do consumo da China e da Índia, países com dificuldades para ampliar suas áreas agricultáveis. Naqueles anos de 2004 e 2005, havia excedentes internos provocados por boas safras locais e remessas do Mercosul. A cadeia percebeu que havia oportunidades em outros continentes e passou a buscá-las. Em 2008, quando o preço do arroz foi às alturas, já tinham alguns canais abertos no mercado internacional e tratou de ampliá-los. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.