? Não faltam políticas agrícolas para o país; falta coordenação ? afirmou Rodrigues, que participou, em São Paulo, do fórum da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), que discutiu as demandas que o setor pretende apresentar para os candidatos ao Palácio do Planalto.
? O próximo presidente precisa entender que de nada adianta um excelente Ministério da Agricultura se não houver integração com outras pastas. A montagem institucional é prioridade para o setor ? assegurou.
Na avaliação de Rodrigues, o agronegócio não tem voz em Ministérios e órgãos cujas decisões afetam diretamente o setor, como as pastas do Meio Ambiente e das Relações Exteriores.
? É incrível que o setor responsável por 30% do PIB não tenha representação no Banco Central e no conselho do BNDES ? exemplificou.
Ele citou ainda o fato de nenhum representante da cadeia ter sido chamado para o Grupo de Acompanhamento da crise criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início do ano passado.
Rodrigues admitiu, no entanto, que os diferentes elos do agronegócio têm dificuldade para definir uma pauta conjunta, o que acaba comprometendo sua representação junto ao governo.
? Falta profissionalismo na representação do agronegócio, o que nos obriga a ser sempre reativos e quase nunca propositivos ? lamentou.