O Bertin, um dos maiores vendedores de couro do mundo argumentou, por meio de nota, que obedece estritamente a legislação ambiental e brasileira e que tem um programa para compra de gado que considera critérios socioambientais dos fornecedores. Todos são legais e não constam nem da lista suja do Ministério do Trabalho, que condena práticas semelhantes à escravidão, nem da lista de propriedades embargadas publicada pelo Ibama, de acordo com a nota.
A empresa afirma ainda que já excluiu pelo menos 165 fornecedores que estavam em uma das duas listas. Em relação ao couro comercializado pela companhia, 82,5% vêm de unidades próprias, segundo a Bertin. O restante, 17,5%, vem de outros frigoríficos que a empresa diz que vai investigar para verificar a existência de possíveis irregularidades ambientais.
“Caso haja situações irregulares, haverá interrupção imediata do acordo comercial entre a Bertin e estes fornecedores”, aponta.
A JBS, que segundo o Greenpeace lidera as vendas mundiais de carne, também argumentou que não compra matéria-prima de propriedades que praticam crime ambiental. Antes de adquirir gado de qualquer pecuarista a companhia diz que consulta a lista de fornecedores no site do Ibama.
“Caso algum fornecedor esteja listado por praticar qualquer tipo de desmatamento ilegal, a JBS cancela qualquer tipo de relação comercial”, afirmou a empresa em nota.
O grupo cita o pacto assinado em 2008 pelo financiamento, produção, uso, distribuição, comercialização e consumo de produtos da pecuária vindos da Amazônia para a cidade de São Paulo como um exemplo da responsabilidade ambiental.