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Fungos e bactérias são aliados no combate a doenças do arroz

Pesquisa da Embrapa e parceiros busca combater as pragas, por meio da atuação de um agente já existente na natureza

Fonte: Divulgação/Embrapa

Extratos naturais e microrganismos, como fungos e bactérias, poderão ser as novas armas para combater e evitar enfermidades do arrozal. Cientistas estão identificando essências vegetais e microrganismos mais adequados ao combate a doenças e a insetos-praga e pesquisando sua aplicação na lavoura. Os especialistas procuram matérias-primas naturais que possam ser usadas na formulação de novos bioprodutos.

O trabalho reúne especialistas da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Federal de Goiás (UFGO), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Embrapa.

Os fungos e bactérias utilizados na pesquisa são reconhecidamente antagonistas de duas das principais doenças da cultura, a brusone e a queima-da-bainha, e de insetos-pragas como lagartas, percevejos do grão, do colmo e de brocas presentes tanto no sistema produtivo de terras altas como em várzeas tropicais e subtropicais do país.

“O desafio no momento é aprofundar o conhecimento, por meio da identificação e caracterização dos inimigos naturais para se chegar àqueles mais eficientes para o controle de doenças e insetos-pragas do arroz”, disse a pesquisadora  Marta Cristina Corsi de Filippi, que coordena a pesquisa, em entrevista ao portal da Embrapa.

Ela explica que, em uma segunda etapa, o estudo abrangerá a compreensão de quais mecanismos bioquímicos envolvidos na defesa da planta são ativados por esses agentes biológicos, fazendo com que o arroz possa suportar o ataque de brusone, da queima da bainha e de alguns insetos-pragas. A pesquisa buscará ainda, por meio de testes no campo e em laboratório, gerar formulações, dosagens e métodos de aplicação dos bioagentes e de extratos vegetais.

A perspectiva é que a pesquisa dure quatro anos e os produtos de origem biológica estejam validados por volta de 2019. Eles irão se somar a outras opções para o controle de pragas, dentre elas, o uso de cultivares mais resistentes.

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