Direcionado à agricultura empresarial, o Plano Agrícola e Pecuário vai ser anunciado pelo presidente Lula na próxima segunda, dia 25, a partir das 15h em Londrina, no Paraná. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, não quer tirar o brilho da festa e evita entrar em detalhes com os jornalistas. Mas até agora fez algumas indicações: o volume de empréstimos será de R$ 93 bilhões, R$ 28 bilhões a mais do que no ciclo anterior. O ministro também destacou as prioridades do plano para o ano safra que vai de julho de 2009 a junho de 2010.
? Ele vai dar mais ênfase à média agricultura, ou seja, para a agricultura de tamanho médio os recursos serão aumentados. Nós pretendemos também aumentar os recursos para a agricultura sustentável, principalmente, para recuperação de áreas degradadas ou para a combinação da agricultura com a pecuária.
Quanto ao Plano Safra da Agricultura Familiar, ainda não há uma previsão do governo de quando será feito o anúncio. A expectativa do setor é de que entre as novidades esteja um seguro para os empréstimos de investimento, o que já foi prometido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Com isso, as dívidas referentes, por exemplo, à compra de tratores e maquinários seriam quitadas pelo seguro em caso de frustração de safra.
? As prestações do investimento, normalmente por causa de uma catástrofe, são empurradas para a última prestação do contrato. Isso cria sempre uma bola de neve. Você vai rolando a dívida. E este programa que nós negociamos e deve ser anunciado no plano safra vem, de fato, trazer uma certa tranqüilidade para os agricultores familiares. Esperamos que o governo possa regulamentar e anunciar junto com o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar.
Os agricultores familiares contarão com R$ 15 bilhões em empréstimos, mas o volume de recursos pode aumentar.
? Nós temos a garantia do presidente Lula de que, se por ventura faltar os recursos, ele arrumará recurso imediatamente ? afirma o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch.
? O ideal seria que até o final de julho todo o dinheiro estivesse disponível nos bancos para que os agricultores já pudessem encaminhar os seus pedidos de financiamentos e elaborar os seus contratos ? diz.