O carregamento de arroz dentro do Rio Grande do Sul e o envio do cereal beneficiado aos grandes centros consumidores sofreu redução. O trabalho de colheita também diminuiu devido à falta de combustível.
Ainda assim, os preços do casca mantiveram o ritmo de queda iniciado na primeira semana de fevereiro devido à entrada de alguns poucos lotes da nova safra no mercado. Entre 24 de fevereiro e 3 de março, o indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BMFBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) recuou 2%, passando para R$ 35,81/sc de 50 kg no dia 3. Em fevereiro, o indicador caiu 6%.
Do lado comprador, a expectativa de uma boa colheita tem pressionado os valores, juntamente com a retração de representantes de indústrias, abastecidos com compras anteriores tanto no mercado spot como nos leilões de venda do governo federal. Alguns orizicultores, por outro lado, com necessidade de “fazer caixa” para bancar gastos com a safra, elevaram as ofertas, reforçando a pressão os valores.
Os moinhos de trigo, por sua vez, tiveram bastante dificuldade no recebimento da matéria-prima. O ritmo de moagem e a comercialização do grão e derivados foram bastante reduzidos nos últimos dias, mas as cotações seguem sem grandes mudanças. Além disso, por conta das dificuldades logísticas, os motoristas passaram a pedir fretes cada vez mais elevados e com pagamento com menor prazo, tornando inviável as negociações nessas condições.
No balanço de fevereiro, os preços ao produtor (mercado de balcão) no Rio Grande do Sul tiveram ligeira queda de 0,4% e no Paraná, de 0,3%. No disponível, o recuo foi de 2,8% em São Paulo e de 1,3% no Rio Grande do Sul. Somente no Paraná, houve alta, de 0,8%.