Desde o início de junho, a desvalorização do dólar em relação ao Real é de quase 11%. No dia 8 de junho, a taxa de câmbio chegou a valer R$ 1,865. No dia 22 do mesmo mês, caiu para R$ 1,768. Ensaiou uma recuperação em 29 de junho, alcançando R$ 1,807, mas desde então só caiu, chegando a R$ 1,664 nesta segunda, dia 11 de outubro. No agronegócio, a queda do dólar provoca a perda de competitividade e rentabilidade do produtor, principalmente em setores com maior presença no mercado externo. Para o economista Mário Battistel, a alta taxa de juros no Brasil ajuda a provocar a desvalorização da moeda americana.
Já o analista Celso de Campos Toledo Neto acredita que o cenário de baixas cotações em um curto período gera incertezas. Segundo ele, a raiz do problema está na economia norte-americana, que precisa conter os movimentos de enfraquecimento. Porém, o Brasil também precisa tomar algumas medidas.
Os economistas concordam. A tendência é de que o dólar continue caindo. E eles não arriscam prever quando essa situação deve mudar.
? A tendência, infelizmente, é continuar caindo. Não tem como estimar até onde essa taxa pode cair ? avalia Battistel.